quinta-feira, 19 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Encontro
Sai de si
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Põe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim sim
Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você
Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir
Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você
Maria Gadu
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
33
sorrisos, lágrimas
dores, sofrimentos, tormentos
Alegrias, felicidades, flores
amigos, amores, rancores
parcialmente, inteiramente
Ilusões, desilusões,
derrotas, perdas
ganhos, vitórias
Sempre pulsando intensamente
vivendo fortemente, apaixonadamente
brilhando, contagiando...
Coleção de vida
a minha vida
os meus dias
E nesse balanço
chego aos 33
contabilizando os melhores
momentos da minha vida
Realizando sonhos antigos
atingindo metas impossíveis
Tornando reais os anseios
Que outrora jamais seriam
tangíveis, agora verdadeiros
presentes de Deus...
terça-feira, 13 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Há a hesitação, a oportunidade de recuar,
Uma ineficácia permanente.
Em todo atos de iniciativa e criação
Há uma verdade elementar,
Cujo desconhecimento destrói muitas idéias
E planos esplêndidos.
No momento em que nos comprometemos
De fato, a Providência também age.
Ocorre toda espécie de coisas para nos ajudar,
Coisas que de outro modo nunca ocorreriam.
Toda uma cadeia de eventos emana da decisão,
Fazendo vir em nosso favor todo tipo
De encontros, de incidentes
E de apoio material imprevistos, que ninguém
Poderia sonhar que surgiram em seu caminho.
Sempre que você pode fazer ou sonha que pode, comece.
A ousadia traz em si o gênio, o poder e a magia.
Goethe
Rudolf
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
[Nelson Rodrigues]
Por Clarice Goulart.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Esconderijo
Como o ar procura o chão
Como a chuva se desmancha
pensamento sem razão
Procuro esconderijo
encontro um novo abrigo
como a arte do seu jeito
e tudo faz sentido
calma pra contar nos dedos
beijo pra ficar aqui
teto pra desabar
você pra construir
Voz: Ana Canãs
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
10 Contados
Meu amor, não, não
Meu amor, não se atrase na volta, não
Meu amor (meu amor, meu amor...quem mandou?)
Mandei uma mensagem a jato
Às entidades do tempo
Já me foi verificado
Que nem mesmo haverá segundos
Porque os minutos foram reavaliados
E pra cada suspiro
Serão 10 contados
Meu amor, não se atrase na volta, não
Meu amor (meu amor, meu amor...quem mandou?)
Meu amor, não se atrase na volta, não
Meu amor (quem mandou? quem mandou?)
Meu amor...
Mandei uma mensagem a jato
Às entidades do tempo
Já me foi verificado
Que nem mesmo haverá segundos
Porque os minutos foram reavaliados
E pra cada suspiro
Serão 10 contados
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Falta
Frascos de dores
Sorrisos apagados
Quimeras
Palavras soltas
Idéias poucas
Falta o ouro
Falta o metal
Faltam os níqueis
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Fonte da Saudade
Prá te suportar
Muito amor, muito veneno
Prá pouco lugar
O teu corpo é uma serpente
A me provocar
E o teu beijo a aguardente
A me embriagar
Essa boca muito louca
Pode me matar
Se isso é coisa do demônio
Eu quero pecar
Fecha a luz, apaga a porta
Vem me carinhar
Diz aí prá minha tia
Que eu fui viajar
Diz que eu fui prá Nova Iorque
Ou prá Bagdá
E que isso não é hora de telefonar
Eu já sei que qualquer dia
Tudo vai dançar
Mas a fonte da saudade
Nem o tempo vai secar
Kleiton e Kledir
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Sentidos
Quero sua boca
No meu rosto
Sorrindo pra mim
Não quero seus olhares
Quero seus cílios
Nos meus olhos
Piscando pra mim
Transfere pro meu corpo
Seus sentidos
Pra eu sentir
A sua dor, os seus gemidos
E entender porque
Quero você !
Não quero seu suor
Quero seus poros
Na minha pele
Explodindo de calor.
Christian Oyens/Zélia Duncan
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Mais de Mim
Quero te mostrar quem sou
Sou como o lugar de onde vim
Onde tudo começou
Esse brilho em meu olhar, é do mar
É do mar que trago refletido
Guardo a tua luz a me guiar
Meu caminho agora faz sentido
Vim morar
Na tua cidade
Só pra te encontrar
Me tornar metade ao ser inteira
Deixa eu te contar mais de mim
Quero te mostrar quem sou
Sou como o lugar de onde vim
Onde tudo começou
Tenho o vento em minha voz, minha voz
Cantando nos coqueirais
E o sorriso nunca mais a sós
Somos nossos próprios carnavais
É o que vem
Após a quarta-feira
Que me faz tão bem
Me torna metade ao ser inteira
Marcelo Quintanilha
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
De Mais Ninguém
É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó,
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem.
Se ela me deixou a dor é minha,
A dor é de quem tem.
É meu troféu, é o que restou,
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor.
A sala, o quarto, a casa está vazia,
A cozinha, o corredor
Se nos meus braços ela não se aninha,
A dor é minha.
É o meu lençol, é o cobertor,
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor
Eu tenho a minha dor (...)
Marisa Monte/Arnaldo Antunes
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Universo Ao Meu Redor
Quando a névoa toma conta da cidade
Quem pega no violão
Sou eu, sou eu
Pra cantar a novidade
Quantas lágrimas de orvalho na roseira
Todo mundo tem um canto de tristeza
Graças a Deus, um passarinho
Vem me acompanhar
Cantando bem baixinho
E eu já não me sinto só
Tão só, tão só
Com o universo ao meu redor
Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Eu Sou Egoísta
Se você acha que tem pouca sorte
Se lhe preocupa a doença ou a morte
Se você sente receio do inferno
Do fogo eterno, de Deus, do mal
Eu sou estrela no abismo do espaço
O que eu quero é o que eu penso e o que eu faço
Onde eu tô não há sombra de Deus
Eu vou sempre avante no nada infinito
Flamejando meu rock, o meu grito
Minha espada é a guitarra na mão
Se o que você quer em sua vida é só paz
Muitas doçuras, seu nome em cartaz
E fica arretado se o açúcar demora
E você chora, você reza, você pede, você implora
Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fel
E que a guerra é produto da paz
O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber... sem tentar?
Se você acha o que eu digo fascista
Mista, simplista ou anti-socialista
Eu admito, você tá na pista
Eu sou ego, eu sou ista
Eu sou ego, eu sou ista
Eu sou egoísta
Por que não... Por que não...
Por que não... Por que não...
Sobre a cabeça os aviões, sobre os meus pés os caminhões
...
Eu so a luz das estrelas, eu sou a cor do luar, eu sou o medo da vida e principalmente eu sou
Raul Seixas
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Vilarejo
Onde Areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá
Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for
Marisa Monte
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
a mente, o corpo a alma
A lama que envolve
os sentimentos
Acinzentando a razão
deturpando a oração
Sem toque, sem força
vazios de minha iluzão
Vazios que corrompem
desatinam, entorpecem
Sem saber pra onde ir
qualquer rumo serve
Onde existe um vazio
um buraco, um vão
qualquer pedrinha
preenche...
Então perdi a qualidade
perdi a propriedade
a função, a condição
a casta, a laia
Desse vazio veio
a indecisdão
o medo, o temor
a falta do amor
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Jogando Charme
Mas eu morro de saudade
Quando cê passa fazendo enxame
E se despede jogando charme
Charme pra todos os lados
Em pequeninos pedaços
Vento batendo na face
Seu cheiro invade o espaço
Redividindo meu peito
Em pequeninos pedaços
Charme pra todos os lados
Em pequeninos pedaços
Tem sido sempre esse impasse
Tem sido sempre esse laço
Em volta do meu pescoço
O seu cabelo enrolado
Fazendo mais imperfeito
Meu verso de pé quebrado
Tem sido sempre esse impasse
Tem sido sempre esse laço
Paquito/Márcio Mello
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Xote das Meninas
flora lá na seca
E um sinal que a chuva
chega no sertão
Toda menina
que enjôa da boneca
É sinal de que
o amor já chegou no coração
Meia comprida
não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado
não quer mais vestir gibão
Ela só quer
só pensa em namorar
De manhã cedo
já tá pintada
Só vive suspirando
sonhando acordada
O pai leva ao doutor
a filha adoentada
Não come nem estuda
não dorme nem quer nada
Ela só quer
só pensa em namorar
Ela só quer
só pensa em namorar
Ela só quer
só pensa em namorar
Mas o doutor nem examina
Chamando o pai do lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
E que pra tal menina
Não há um só remédio
Em toda medicina
Ela só quer
Ela só pensa em namorar
Zé Dantas / Luis Gonzaga
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Luz do Sol
que a folha traga e traduz
em verde de novo
em folha, em graça, em vida em força, em luz
céu azul que venha até onde os pés
tocam na terra e a terra inspira e exala seus
azuis
reza, reza o rio,
córrego pro rio, rio pro mar
reza correnteza, roça a beira a doura areia
marcha um homem sobre o chão
leva no coração uma ferida acesa
dono do sim e do não
diante da visão da infinita beleza
finda por ferir com a mão essa delicadeza
coisa mais querida
a glória da vida
luz do sol
que a folha traga e traduz
em verde de novo
em folha, em graça, em vida, em força, em luz
reza, reza o rio
córrego pro rio, rio pro mar
reza correnteza roça a beira a doura areia
marcha o homem sobre o chão
leva no coração uma ferida acesa
dono do sim e do não
diante da visão de infinita beleza
finda por ferir com a mão
essa delicadeza a coisa mais querida
a glória da vida
luz do sol
que a folha traga e traduz
em verde de novo
Caetano Veloso
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
- Em alguém do quadro?
- Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos.
- Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes.
- Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.
- E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem?"
[Trecho de Le fabuleux destin d'Amélie Poulain]
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Dono dos Teus Olhos
Que sou dono dos teus olhos
Faz favor não espiar pra mais ninguém
Esse azul cor de promessa dos teus olhos
Faz qualquer cristão gostar de tu também
Que nosso senhor perdoe os meus ciúmes
Quando penso em cegar os olhos teus
Pra que eu
Somente eu
Seja o teu guia
Os olhos dos teus olhos
A luz dos olhos teus
Humberto Teixeira
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Todo Amor Que Houver Nessa Vida
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
Frejat/ Cauza
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
para saber o que se passa na sua cabeça?
*
Não queria te aborrecer.
Você não tem esse poder. Não é tão importante
para conseguir me aborrecer.
*
Leia primeiro pra mim. Depois faremos amor.
*
Quanto mais sofro, mais amo.
*
O que sentimos não tem importância.
O importante é o que fazemos.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
A Medida da Paixão
Pra que lado foi a vida
Por que tanta solidão
E não é a dor que me entristece
É não ter uma saida
Nem medida na paixão
Foi, o amor se foi perdido
Foi tão distraido
Que nem me avisou
Foi, o amor se foi calado
Tão desesperado
Que me machucou
É como se a gente presentisse
Tudo que o amor não disse
Diz agora essa aflição
E ficou o cheiro pelo ar
Ficou o medo de ficar
Vazio demais meu coração
Foi, o amor se foi perdido
Foi tão distraido
Que nem me avisou
Foi, o amor se foi calado
Tão desesperado
Que me maltratou
Lenine/Dudu Falção
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Se ama de verdade, nem o mais frio dos esquimós consegue escrever o “the end” sem uma quebradeira monstruosa.
Fim de amor sem baixarias é o atestado, com reconhecimento de firma e carimbo do cartório, de que o amor ali não mais estava. "
(Xico Sá)
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Uma Mulher Solitária/A Woman Left Lonely
esperar,
Ela vai fazer coisas loucas em uma ocasião solitária.
Uma conversa simples com um novo homem agora e
novamente
Faz um toque de situação quando um bom rosto vem
dentro de sua cabeça
E quando ela fica solitária, ela vai pensar sobre
o homem dela,
Ela sabe que ele está pegando-a por previlégio, yeah,
yeah
Querido, ela não está entendendo,não não não não!
Bem, a febre da noite, ela queima o amor próprio da
mulher
Yeah, aquelas chamas quente vermelha tenta empurrar o
velho amor pra
Fora Uma mulher solitária, ela é vítima do homem dela, sim
ela é.
Quando ele não consegue estimular o próprio caminho
dele, bom Deus,
Ela faz o melhor que ela pode, yeah!
Uma mulher solitária, Deus, que solitária garota
Dan Penn, Spooner Oldham
Uma homenagem aos 40 anos de Wodstock
A woman left lonely will soon grow tired of waiting,
She'll do crazy things, yeah, on lonely occasions.
A simple conversation for the new men now and again
Makes a touchy situation when a good face come into your head.
And when she gets lonely, she's thinking 'bout her man,
She knows he's taking her for granted, yeah yeah,
Honey, she doesn't understand, no no no no!
Well, the fevers of the night, they burn an unloved woman
Yeah, those red-hot flames try to push old love aside.
A woman left lonely, she's the victim of her man, yes she is.
When he can't keep up his own way, good Lord,
She's got to do the best that she can, yeah!
A woman left lonely, Lord, that lonely girl,
Janis Joplin
símbolo do movimento hippie
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Você Se Lembra
Você já foi meu anjo azul,
Chegamos num final feliz, na tela prateada da ilusão...
Na realidade, onde está você?
Em que cidade você mora?
Em que paisagem, em que país...
Me diz em que lugar... cadê você?
Você se lembra torrentes de paixão?
Ouvir nossa canção
Sonhar em Casa Blanca e se perder...
No labirinto de outra história
A caravana do deserto
Atravessou meu coração
E eu fui chorando por vc
Até os 7 mares do sertão
Voce se lembra torrentes de paixão?
Ouvir nossa canção...
Sonhar em Casa Blanca e se perder...
No labirinto de outra história
Na realidade, onde está você?
Em que cidade você mora?
Em que paisagem, em que país...
Me diz em que lugar... cadê você?
Você se lembra torrentes de paixão?
Ouvir nossa canção
Sonhar em Casa Blanca e se perder...
No labirinto de outra história
Você se lembra...?
Geraldo Azevedo/ Oswaldinho/Fausto Nilo
terça-feira, 11 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Do It
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...
Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...
Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...
Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...
Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...
Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...
Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta...
Lenine e Ivan Santos
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Declaração de Amor
Como todas as histórias, esta também começa da mesma maneira... Era uma vez um príncipe chamado Kurram que se enamorou por uma princesa aos 15 anos de idade. Reza a história que se cruzaram acidentalmente mas seus destinos ficaram unidos para todo o sempre. Após uma espera de 5 anos, durante os quais não se puderam ver uma única vez, a cerimónia do casamento teve lugar do ano de 1612, na qual o imperador a rebaptizou de Mumtaz Mahal ou "A eleita do palácio". O Príncipe, foi coroado em 1628 com o nome Shah Jahan, "O Rei do mundo" e governou em paz.
Quis o destino que Mumtaz não fosse rainha por muito tempo. Ao dar à luz o 14º filho de Shah Jahan, morreu aos aos 39 anos em 1631. O Imperador ficou tremendamente desgostoso e inconsolável e, segundo crónicas posteriores, toda a corte chorou a morte da rainha durante 2 anos. Durante esse período, não houve musica, festas ou celebrações de espécie alguma em todo o reino.
Shah Jahan ordenou então que fosse construído um monumento sem igual, para que o mundo jamais pudesse esquecer. Não se sabe ao certo quem foi o arquitecto, mas reuniram-se em Agra as maiores riquezas do mundo. O mármore fino e branco das pedreiras locais, Jade e cristal da China, Turquesa do Tibet, Lapis Lazulis do Afeganistão, Ágatas do Yemen, Safiras do Ceilão, Ametistas da Pérsia, Corais da Arábia Saudita, Quartzo dos Himalaias, Ambar do Oceano Índico.
Os arabescos exteriores são desenhos muçulmanos de pedras semi preciosas incrustadas no mármore branco, segundo uma técnica Italiana utilizada pelos artesãos hindus. Estas incrustações eram feitas com tamanha precisão que as juntas somente se distinguem à lupa. Uma flor de apenas sete centímetros quadrados, pode ter até 60 incrustações distintas. O rendilhado das janelas foi trabalhado a partir de blocos de mármore maciço.
Diz-se que o imperador Shah Jahan queria construir também o seu próprio mausoléu. Este seria do outro lado do rio. Muito mais deslumbrante, muito mais caro, todo em mármore preto, que seria posteriormente unido com o Taj Mahal através de uma ponte de ouro. Tal empreendimento nunca chegou a ser levado a cabo. Após perder o poder, o imperador foi encarcerado no seu palácio e, a partir dos seus alojamentos, contemplou a sua grande obra até à morte. O Taj Mahal foi, por fim, o refúgio eterno de Shah Jahan e Mumtaz Mahal. Posteriormente, o imperador foi sepultado ao lado da sua esposa, sendo esta a única quebra na perfeita simetria de todo o complexo do Taj Mahal.
Após quase quatro séculos, milhões de visitantes continuam a reter a sua aura romântica... o Taj Mahal, será para todo o sempre um lágrima solitária no tempo.
Meu Vestido Branco
Ficou perfeito, terei que fazer um pequeno ajuste na minha cintura de vespa, mas o geral caiu como uma luva...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Friedrich Nietzsche
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Flor de Mandacaru
Flor de mandacaru pra mim
Que é pra botar no xaxim
Em cima da televisão
Manda, caru
Uma flor dessa do sertão
Uma flor de cardo
Pra alegrar meu coração
Só pra guardar de recordação
Do tempo da meninice
Pois de recordar carece
Como uma prece sem fim
Manda, caru
Flor de mandacaru pra mim
Pelo correio ou de caminhão
Num barco do são francisco
Peço que você se apresse
Que a saudade é ruim
Manda, caru
Flor de mandacaru prá mim
Chico César
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Como Nossos Pais
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...
Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...
Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...
Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...
Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...
Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...
Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...
Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...
Belchior
sexta-feira, 31 de julho de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Surpresa Boa
de quinta feira, sorriso
descrente, dúvidas
confirmação.
Desejo outrora impossível
agora realidade feliz
e marcante, novidade
radiante
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Dor
machucado de espinho
dói que nem passarinho
que caiu do ninho
Destrói corroendo o
pedaço que restou
do coração esfarelado
de tanto que doeu
O dia inteiro choveu
a noite inteira remexeu
a dor apareceu
no peito que morreu
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Tudo Passa
Os gemidos da mão estremecida
Os brinquedos do tempo de criança
O sorriso fulgaz de uma esperança
E a primeira paixão da nossa vida.
O adeus que se da por despedida
E o desprezo que a gente não merece
O delirio da lagrima que desce
Um momento de angústia e de desgraça
Tudo passa, na vida tudo passa
Mas nem tudo que passa a gente esquece
Chico Pedrosa
sexta-feira, 24 de julho de 2009
A Briga na Procissão
Quando Palmeira das Antas
pertencia ao Capitão
Justino Bento da Cruz
nunca faltou diversão:
vaquejada, cantoria,
procissão e romaria
sexta-feira da paixão.
Na quinta-feira maior,
Dona Maria das Dores
no salão paroquial
reunia os moradores
e depois de uma preleção
ao lado do Capitão
escalava a seleção
de atrizes e atores
O papel de cada um
o Capitão escolhia
a roupa e a maquilagem
eram com Dona Maria
e o resto era discutido,
aprovado e resolvido
na sala da sacristia.
Todo ano era um Jesus,
um Caifaz e um Pilatos
só não mudavam a cruz,
o verdugo e os maus-tratos,
o Cristo daquele ano
foi o Quincas Beija-Flor,
Caifaz foi o Cipriano,
e Pilatos foi Nicanor.
Duas cordas paralelas
separavam a multidão
pra que pudesse entre elas
caminhar a procissão.
Cristo conduzindo a cruz
foi não foi advertia
o centurião perverso
que com força lhe batia
era pra bater maneiro
mas ele não entendia
devido um grande pifão
que bebeu naquele dia
do vinho que o capelão
guardava na sacristia.
Cristo dizia: “Ôh, rapaz,
vê se bate devagar
já tô todo encalombado,
assim não vou agüentar
tá com a gota pra doer,
ou tu pára de bater
ou a gente vai brigar.
Eu jogo já esta cruz fora
tô ficando revoltado
vou morrer antes da hora
de ficar crucificado”.
O pior é que o malvado
fingia que não ouvia
além de bater com força
ainda se divertia,
espiava pra Jesus
fazia pouco e dizia:
"Que Cristo frouxo é você,
que chora na procissão
Jesus pelo que se sabe
não era mole assim não.
Eu tô batendo com pena,
tu vai ver o que é bom
é na subida da ladeira
da venda de Fenelon
que o couro vai ser dobrado
até chegar no mercado
a cuíca muda o tom".
Naquele momento ouviu-se
um grito na multidão
era Quincas que com raiva
sacudiu a cruz no chão
e partiu feito um maluco
pra cima de Bastião.
Se travaram no tabefe,
ponta-pé e cabeçada
Madalena levou queda,
Pilatos levou pancada
deram um bofete em Caifaz
que até hoje não faz
nem sente gosto de nada.
Desmancharam a procissão,
o cacete foi pesado
São Tomé levou um tranco
que ficou desacordado,
acertaram um cocorote
na careca de Timóti
que até hoje é aluado.
Até mesmo São José,
que não é de confusão
na ânsia de defender
o filho de criação
aproveitou a garapa
pra dar um monte de tapa
na cara do bom ladrão.
A briga só terminou
quando o Doutor Delegado,
interviu e separou
cada Santo pra seu lado.
Desde que o mundo se fez,
foi essa a primeira vez
que Cristo foi pro xadrez,
mas não foi crucificado.
Chico Pedrosa
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Desilusão
Eu sinto o coração aqui no peito,
De ilusão e de sonho já desfeito,
A bater e a pulsar com embaraço.
Se é de dia, vou indo passo a passo
Se é de noite, me estendo sobre o leito,
Para o mal incurável não há jeito,
É sem cura que eu vejo o meu fracasso.
Do parnaso não vejo o belo monte,
Minha estrela brilhante no horizonte
Me negou o seu raio de esperança,
Tudo triste em meu ser se manifesta,
Nesta vida cansada só me resta
As saudades do tempo de criança
Patativa do Assaré
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Mário de Andrade
terça-feira, 21 de julho de 2009
Os Poemas
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mário Quintana
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Identidade
Tive berços de terra.
Sorvi arroios
em seios de pedrra.
Colhi no vento
lições de infância.
Deitei-me - verde - na oferta virgem
aos beijos de sol.
me fiz estrada.
Barros macios de longas chuvas,
eu trago as marcas dos meus próprios pés.
Tão profundas!
Quem as pisou comigo?
E grão de areia
na praia humana,
perdi arestas.
Que a onda me lave
este rosto mudado,
integrado
no areal.
Maria Helena Carneiro Catunda
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Enquanto Vocês Dormiam
Não tão indesejadas
quanto você poderia ser
Deixe que vão embora
Podem multiplicar-se
Porque vão cedo
Por que vão cedo?
Enquanto vocês dormiam
eu rezava pra chuva passar
Carlos Gomes
quinta-feira, 16 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Minha voz tem um vício de fontes.
Eu queria avançar para o começo.
Chegar ao criançamento das palavras.
Lá onde elas ainda urinam na perna.
Antes mesmo que sejam modeladas pelas mãos.
Quando a criança garatuja o verbo para falar o que
não tem.
Pegar no estame do som.
Ser a voz de um lagarto escurecido.
Abrir um descortínio para o arcano.
Manoel de Barros
terça-feira, 14 de julho de 2009
O Vaqueiro
Dêrne munto pequenino,
Cumprindo o belo destino
Que me deu Nosso Senhô.
Eu nasci pra sê vaquêro,
Sou o mais feliz brasilêro,
Eu não invejo dinhêro,
Nem diproma de dotô.
Sei que o dotô tem riquêza,
É tratado com fineza,
Faz figura de grandeza,
Tem carta e tem anelão,
Tem casa branca jeitosa
E ôtas coisa preciosa;
Mas não goza o quanto goza
Um vaquêro do sertão.
Da minha vida eu me orgúio,
Levo a Jurema no embrúio
Gosto de ver o barúio
De barbatão a corrê,
Pedra nos casco rolando,
Gaios de pau estralando,
E o vaquêro atrás gritando,
Sem o perigo temê.
Criei-me neste serviço,
Gosto deste reboliço,
Boi pra mim não tem feitiço,
Mandinga nem catimbó.
Meu cavalo Capuêro,
Corredô, forte e ligêro,
Nunca respeita barsêro
De unha de gato ou cipó.
Tenho na vida um tesôro
Que vale mais de que ôro:
O meu liforme de côro,
Pernêra, chapéu, gibão.
Sou vaquêro destemido,
Dos fazendêro querido,
O meu grito é conhecido
Nos campo do meu sertão.
O pulo do meu cavalo
Nunca me causou abalo;
Eu nunca sofri um galo,
pois eu sei me desviá.
Travesso a grossa chapada,
Desço a medonha quebrada,
Na mais doida disparada,
Na pega do marruá.
Se o bicho brabo se acoa,
Não corro nem fico à tôa:
Comigo ninguém caçoa,
Não corro sem vê de quê.
É mêrmo por desaforo
Que eu dou de chapéu de côro
Na testa de quarqué tôro
Que não qué me obedecê.
Não dou carrêra perdida,
Conheço bem esta lida,
Eu vivo gozando a vida
Cheio de satisfação.
Já tou tão acostumado
Que trabaio e não me enfado,
Faço com gosto os mandado
Das fia do meu patrão.
Vivo do currá pro mato,
Sou correto e munto izato,
Por farta de zelo e trato
Nunca um bezerro morreu.
Se arguém me vê trabaiando,
A bezerrama curando,
Dá pra ficá maginando
Que o dono do gado é eu.
Eu não invejo riqueza
Nem posição, nem grandeza,
Nem a vida de fineza
Do povo da capitá.
Pra minha vida sê bela
Só basta não fartá nela
Bom cavalo, boa sela
E gado pr’eu campeá.
Somente uma coisa iziste,
Que ainda que teja triste
Meu coração não resiste
E pula de animação.
É uma viola magoada,
Bem chorosa e apaxonada,
Acompanhando a toada
Dum cantadô do sertão.
Tenho sagrado direito
De ficá bem satisfeito
Vendo a viola no peito
De quem toca e canta bem.
Dessas coisa sou herdêro,
Que o meu pai era vaquêro,
Foi um fino violêro
E era cantadô tombém.
Eu não sei tocá viola,
Mas seu toque me consola,
Verso de minha cachola
Nem que eu peleje não sai,
Nunca cantei um repente
Mas vivo munto contente,
Pois herdei perfeitamente
Um dos dote de meu pai.
O dote de sê vaquêro,
Resorvido marruêro,
Querido dos fazendêro
Do sertão do Ceará.
Não perciso maió gozo,
Sou sertanejo ditoso,
O meu aboio sodoso
Faz quem tem amô chorá.
Antonio Gonçalves da Silva dito Patativa do Assaré